A História do EAD


Pode-se dizer que a Educação a Distância tem a idade da escrita. Nas sociedades orais, em que a escrita ainda não está estabelecida, a comunicação é necessariamente presencial. Para que alguma informação seja transmitida, o emissor e o receptor da mensagem devem estar presentes no mesmo momento e no mesmo local.
A partir da invenção da escrita, a comunicação liberta-se no tempo e no espaço: não é mais necessário que as pessoas estejam presentes, no mesmo momento e local, para que haja comunicação. Numa sociedade primitiva, ao contrário, não ocorre comunicação sem que a pessoa com quem desejamos nos comunicar esteja presente.

As primeiras manifestações escritas são os desenhos, geralmente em pedras, que procuram copiar ou imitar objetos. Ao desenhar em paredes de pedra, o homem das cavernas já estaria exercitando a comunicação a distância.
Alguns autores consideram as cartas de Platão e as Epístolas de São Paulo como exemplos iniciais e isolados de exercícios de Educação a Distância. Outros defendem que o ensino a distância tornou-se possível apenas com a invenção da imprensa, no século XV. A escrita, inicialmente, possibilitou que pessoas separadas geograficamente se comunicassem e documentassem informações, obras e registros. A invenção de Gutenberg, por sua vez, facilitou esse processo, permitindo que as ideias fossem compartilhadas e transmitidas para um maior número de pessoas, o que intensificou os debates, a produção e a reprodução do conhecimento.
Entretanto, para os nossos propósitos, consideraremos que a EaD nasce mais recentemente e sua história pode ser dividida em três gerações: cursos por correspondência, novas mídias e universidades abertas e EaD on-line.

Existem registros de cursos de taquigrafia a distância oferecidos em anúncios de jornais desde a década de 1720. Entretanto, a EaD surge, efetivamente, em meados do século XIX, em função do desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, como trens e correio, especialmente com o ensino por correspondência. Podemos, assim, apontar como sua primeira geração os materiais primordialmente impressos e encaminhados pelo correio.
Rapidamente, desenvolveram-se várias iniciativas de criação de cursos a distância, com o surgimento de sociedades, institutos e escolas. Os casos mais bem sucedidos foram os cursos técnicos de extensão universitária. Ainda havia na época, entretanto, uma grande resistência em relação a cursos universitários a distância, por isso, poucas foram as experiências duradouras, mesmo nos países mais desenvolvidos.
A segunda geração da EaD caracteriza-se pela utilização de novas mídias como televisão, rádio, fitas de áudio e vídeo e telefone.
Uma terceira geração introduziu a utilização do videotexto, do microcomputador, da tecnologia de multimídia, do hipertexto e de redes de computadores, caracterizando a EaD on-line. Por volta de 1995, com o crescimento explosivo da Internet, pode-se observar um ponto de ruptura na história da EaD, com o surgimento de várias associações de instituições de ensino a distância.

Artigo do : Profº  João Mattar/2011


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